quinta-feira, 16 de abril de 2020

DÊ UM TEMPO À TRADIÇÃO







Autores:

Geraldo Damasceno
Eduardo Ramirez
Luciana Amaral
Tamires Yule
Paulo Robson de Souza

Para visualizar em melhor resolução, clique aqui: Terça das Quintas / Facebook
ou na foto abaixo:




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CRÉDITOS:


Baixo acústico: Heitor Correa

Pandeiro: Francisco Severo Neto

Violão: Geraldo Damasceno

Gaita e viola "catada": Paulinho

Vozes:
Geraldo Damasceno
Eduardo Ramirez
Luciana Amaral
Tamires Yule
Paulo Robson de Souza

            (do grupo de compositores "Terça das Quintas")

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Edição de áudio e vídeo:
Paulo Robson de Souza

Orientação à distância para edição de vídeo (nesses tempos de Covid):
Marcos Vaz/UFMS (nossa gratidão!)

#naodecaronaaocorona #coronavirus #novocoronavirus #covid #covid19 #combateacovid #pandemia #prevencaocovid #ficaemcasa

quarta-feira, 1 de abril de 2020

FILOSOFICES TEMPORÃS

Estas reflexões e pequenas crônicas são parte 
de um desafio de escrever diariamente,
que estabeleci para mim em 2018, 
a série Poesia Todo Dia!,
 cuja primeira edição ocorreu em 2005, 
seguida de outra,  em 2014. 





OFICINA DE CORDEL

Vislumbro novos tempos de poesia, novas penas surgindo na fronteira. 

Não por minha causa, poeta apenas esforçado que coordenou a atividade que dá nome a essa croniquinha, mas porque os Deuses abriram sua janela cheia de graça aos que se dispuseram fenestrá-la.

Ponta Porã, 12.8.2018


AUTOSSUGESTÃO

Faceiro e animado, chamei a todos do Laboratório de Prática de Ensino de Biologia para tomar o "café da roça" que trouxera para degustação. Do tipo torrado na hora, de pó escuro e homogêneo, desprovido de qualquer "aditivo" e empacotado em saquinho de papel pardo, dava gosto só de imaginar o sabor. 

Embevecido, caneca sob as narinas, só depois de reabastecê-la por duas vezes com o líquido que mais une pessoas, percebi que o tal pacote que trouxera da feira sequer havia sido aberto pela colega que o recebeu. Ou seja, o mesmo café pálido e barato da véspera, "batizado" com milho, a mim me pareceu gourmet. A sugestão enganou o meu cérebro! ‒ afirmei entre risos. O estudante ao lado completou, convicto: isso é efeito placebo, professor! Gargalhada geral.


15.8.18

TENHO EM MIM VEIOS PROFUNDOS

Tenho em mim veios profundos e intermitentes. Rios de intenções e traquejos que ora param, ora transbordam, quase sempre mudam de curso. Homem de fases, sou. Talvez por isso mergulho ousada e avidamente nas coisas que gosto de fazer. Pois rios secam, mudam de curso e podem morrer.

16.8.18

MERDA EM TAMANCO

Para certas pessoas, mágoas são como merda de cachorro em tamanco. Por mais que se lave, é difícil desgrudar. Pior: a merda dessa história não deve estar na sola do tamanco, mas no coração de quem parece ter apreço ao sofrimento. 

Já vivi isto. Foi péssimo. Como superei? De tão grudada a mágoa, preferi descartar os tamancos.


17.8.18

POUCO COM DEUS É MUITO

Diante das dificuldades alimentícias, meus pais quase sempre traziam à mesa o dito "pouco com Deus é muito". De fato, o povo é sábio ao exprimir em poucas palavras tamanha sabedoria. 

Meus 57 anos completos hoje me dão essa certeza. Bastou-me a presença dos meus filhos, mulher e nora para que nosso encontro tivesse cara de grande festa. Pois não é com preço que se mede o valor das coisas; não é com números que se estabelece a importância das pessoas.


18.8.2018

MERGULHO

Não é de hoje que escolho o mergulho como tema das minhas mal traçadas linhas. Não que eu tenha grande experiência em me ver cercado d’água; ao contrário, nunca tive a oportunidade de usar um cilindro e conto nos dedos as vezes que usei meu snorkel.

Falo dessa minha mania de me jogar nos projetos. Como hoje, quando passei quase todo o domingo fechando a edição da música "Reflexos". Mergulho tanto no labor de tornar real este e outros desejos que me esqueço que estou cercado d’águas turvas... 


19.8.2018

Intervenção cultural interativa "F5" no Museu de Arte Contemporânea (MARCO-MS) em 21.10.2018 (Autora: Natacha Figueiredo Miranda). Foto: Paulo R. Souza