No primeiro dia de 2005 resolvi escrever todos os dias daquele ano. Dito e feito!
Qualquer que tenha sido o tempo lá fora, o meu humor ou o estado físico deste
corpo franzino (geralmente, nas horas livres estou um caco!), escrevi diariamente
pelo menos um haicai, um verso, uma pequena frase.
Acolhi esse desafio por sugestão do amigo e parceiro de “Poesia Animal”
Sidnei Olívio; portanto, o “culpado” dessa quase loucura para quem tem pouca
disciplina. O grande poeta biólogo rio-pretense não só me fez produzir literatura
bem mais do que conseguira em toda a minha existência – escrevo irregularmente
desde os 15 anos de idade –, como proporcionou que eu atenuasse, quase ao nível
zero, ansiedade recém-diagnosticada.
Boa parte desses escritos postei neste blog ao longo desses 10 anos (identificados no rodapé pela data da criação), e não mais o fiz pela dificuldade de transcrever dezenas de agendas e cadernetas, ou de localizar os arquivos word com versões supostamente definitivas, trabalho que vai durar anos.
Nos 365 dias do ano passado repeti a brincadeira: escrevi uma série de poemas, crônicas, frases e letras de música*. O título desse trabalho não poderia ter sido outro: “Poesia Todo Dia”, uma alusão à página de divulgação científica da bióloga Rita de Toledo no Facebook, “Biologia Todo Dia”.
Por causa da facilidade de encontrar esses textos “2014” e de programar a data de postagem no próprio blog, desta vez será assim: até fins de julho publicarei neste “Caçuá”, toda sexta, pelo menos duas das produções do ano passado. Começo com quatro textos: “Sobre a Inspiração”, “Sob Pressão”, “Poema Esquecido” e “Santo de Casa...”. O primeiro revela aspectos do processo criativo; o segundo, frases pretensamente humoradas. O terceiro, uma alusão ao que me motivou a criar este blog. Já em “Santo de Casa...”, conteúdo e forma remetem à tradição da Literatura de Cordel.
Divirta-se!
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Foto: Anni Marcela |
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* Clique nos títulos abaixo para ler outros textos de 2014 publicados neste blog:
O Jumento Abandonado (com Edmário Galvão)
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