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segunda-feira, 29 de março de 2021

Videoclipe O TATUZINHO - Intérprete: Elouise Miranda

 (Clique na imagem para assistir)



Do álbum 

Joice Terra e Elouise Miranda Cantam Poesia In_vertebral 

Poemas de Sidnei Olivio e Paulo Robson de Souza (do eBook Poesia INvertebral). 

Direção musical: Mestre Galvão 


(Clique na imagem para ouvir no Spotify)





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sábado, 24 de outubro de 2020

sábado, 10 de novembro de 2018

NOMES PRÓPRIOS E COMUNS




Para as crianças do Centro de Educação Infantil
Andréa Pace/Aquidauana,
projeto Identidade e Autonomia,
professora Fabiana Aparecida Vaz Benevides.






O que será nome próprio?
Eu pergunto à criançada
Estudante do Pré I
Que está toda animada
Para fazer um projeto
Sobre essa “nomaiada”.

Atenção Luiz Arthur,
Mikaely e Ezequiel
Luiz Felipe, Emanuelly,
Natália, Natanael,
Me respondam rapidinho
Ao ouvirem este cordel:

Aquidauana, a cidade
E os seus próprios sobrenomes
São nomes comuns ou próprios?
E o que dizer desses nomes:
Desse CEI Andrea Pace
E o da Escola Erso Gomes?

Os nomes Luan, Lohayne,
Maria Eduarda e também
Os dos seus lindos colegas
Luiza, Darlan... mais quem?
Breno, Kaio, Cristiano,
São nomes próprios também?

Por que o nome da semente
E da planta “jatobá”
É nome comum, enquanto
Que “Fazenda Jatobá”,
“Rua Jatobá” são próprios,
Quando nomes de lugar?

Corumbá é nome próprio?
É nome próprio Ladário?
Será que são nomes próprios
“gato”, “feijão” e “fichário”?
Citem uns comuns e próprios
Listados no dicionário...

É nome próprio famoso
A morraria Urucum!
Mas “colorau”, o corante
Que vem da planta “urucum”
Embora sejam importantes,
Não são próprios: são comuns.

São, também, comuns os nomes
De quase todo objeto.
E os nomes “autonomia”,
“identidade”, “concreto”,
 Viram próprios (em maiúsculo)
Se são nomes de projetos.

Pois bem, meninada linda,
Pra conversa não alongar
Digo que são nomes próprios
Digo sem pestanejar:
“Fabiana”, “Vaz”, “Benevides”
(da professora exemplar!)


Nesta estrofe encerro os nomes
Próprios dessa criançada:
Sofia, Tiago e Wesley.
Turminha maravilhada
Por desenvolver uma proposta
Pela Faby, abraçada!

Assim, também, é meu nome:
Paulo Robson (o Paulinho),
Que reside em Campo Grande
E lhes manda esses versinhos.
Cá pra nós: na minha escola,
Eu era o tal...
“Baianinho”.


Paulo Robson de Souza
26.10.2018


Frutos e sementes de jatobá.


terça-feira, 18 de julho de 2017

VITÓRIA-RÉGIA

           

“Uma flor é uma flor,
uma rosa é uma rosa”
mas a vitória rosa
é régia.

Uma flor que um dia é branca
feminina flor
refletindo a luz do dia.
Masculina flor noturna
agora é rosa
como o fim da tarde
de uma longa espera.

Regendo o tempo,
o fluxo do rio...
 — Determina as cheias
ou a cheia lhe insemina?

Uma flor que me ensina
que o branco
contém o rosa
e todas as cores do dia.
Que a noite
contém o dia.

Uma flor que é menina
e menino brincando n’água.


                      


               
(Do livro Síntese de Poesia,
Paulo Robson de Souza, 2006)
 


___________________________

 


Com folhas circulares flutuantes que chegam a ultrapassar dois metros de diâmetro, a vitória-régia é a maior planta aquática do mundo. O nome científico, Victoria amazonica, é uma homenagem à rainha Vitória, da Inglaterra, e porque a planta é típica da Amazônia   embora ocorra também na porção norte do rio Paraguai, até o município de Corumbá, MS, onde a foto abaixo foi feita. 

Dependendo da região, os ribeirinhos a conhecem por aguapé-açu (do tupi, aguapé grande), forno-d'água e milho-d'água, porque produz sementes arredondadas, comestíveis,  ricas em amido que lembram  milho de pipoca; e cará-d'água, porque tem um rizoma 
comestível que lembra o cará (é quase do tamanho de uma bola de futebol e possui reservas nutritivas  que permitem à planta rebrotar após o período de seca).

Embora seja monoica, ou seja, possua os dois sexos no mesmo indivíduo, para evitar a autofecundação  as partes femininas localizadas na flor tornam-se férteis uma noite antes das masculinas; nesta fase inicial, feminina, as pétalas têm coloração branco-creme, e na noite seguinte, a fase masculina, as pétalas ficam róseas.  


A fecundação é um fenômeno muito curioso, do ponto de vista ecológico: ela é feita por um besouro amarelado (
Cyclocephala castanea) que, ao comer as partes florais, leva o pólen das partes masculinas de uma flor velha (foto) para as estruturas femininas da flor recém aberta, realizando a polinização. Mas quando ele visita a flor recém aberta (feminina), esta se fecha e o besouro fica aprisionado até o outro dia.

Embora aparente ser totalmente flutuante, a vitória-régia é fixa ao substrato:  suas gigantes folhas são, na verdade, sustentadas por um longo pecíolo cujo comprimento aumenta à medida que o nível da água sobe, uma adaptação à alternância de ciclos de cheia e seca. 

Saiba mais:

Plantas Aquáticas do Pantanal
, livro de Vali Joana Pott e Arnildo Pott (Embrapa, 2000) 

e artigo
Morfologia da flor, fruto e plântula de Victoria amazonica (Poepp.) J.C. Sowerby (Nymphaeaceae), de Rosa-Osman et al, 2011 (cliqu no link para acessá-lo).

MAL-ENTENDIDOS?





Urutu, cobra bendita
pela cruz que tem na testa.
De dia dorme, medita...
e de noite faz a festa.

Tendo um cruzeiro na testa,
ela é linda como a luz
desde que se fuja desta
como o diabo da cruz.

Urutu, cobra marcada,
é bonita de se ver
ou maldita, essa malhada,
se te bota pra correr!?

“Cabra” marcada,  se vê
detenta do nosso erro.
Traz a cruz do próprio enterro.
É marcada pra morrer.

Urutu, injustiçada
serpente, tão maculada...
linda de viver – é vida!
Linda de morrer. Decida.


                 Paulo Robson de Souza 
                 (O Livro das Cores e Formas, 2001, inédito)

__________________________


Adendo 01/4/2019:

O parceiro Raimundo Galvão musicou este poema. Clique na imagem para ouvir.




segunda-feira, 17 de julho de 2017

É E NÃO É



No Pantanal certas vidas
lembram coisas de comida.
Dá vontade de brincar,
as palavras cozinhar...

fazer uma sopa de nomes
um jogo do que “se come”,

exercitar a lembrança,
olhar a vida com a pança.


Pau-d’alho lembra tempero.
Salsaparrilha também?
Louro-preto: flores brancas
que temperam o ar... mazém?

A baía é uma sopa só:
no raso tem cebolinhas.
Tem lentilha, alface d’água,
batata d’água, salsinha...

E, bem longe do Urucum,
não achei sal na salina.
Suei, no Morro do Azeite,
pra fritar minha corvina!

São plantas que dão “comida”:
pata-de-vaca, faveiro,
assa-peixe, canjiqueira,
farinha-seca, leiteiro.

Bichos com nome gostoso:
palmito, peixe-banana,
tem também a rã-pimenta
e o araçari-banana.

A pimenta-de-macaco
tem, no fruto, pó-de-mico?
E a linda rã-pimenta,
canta os versos que fabrico?

E assim, nessa brincadeira
do que é do mato e da feira,

reconstruindo o poema,
tendo os seres como tema,

acrescente novos nomes
de tudo que não se come
mas entra no cozinhar...


para o jogo continuar...


               Paulo Robson de Souza
               2001, O Livro dos Jogos (inédito)

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

IMPOSSÍVEL VIVER SÓ

Para Raquel Nicodemo, Chico, Calombenta, Beethoven e Gorda*


Quatro léguas caminhei
Quatro cantos palmilhei
Enfrentei grande calor
Feito pedra me escondi
Do bravo jaguarundi
Pra encontrar o meu amor.

(Refrão)
É impossível para a gente viver só
Viver sozinho, só viver e viver só
É bem pior, é bem pior...
É bem pior, é bem pior...


Fiquei todo estropiado
Ao vencer matos cerrados
Até cactos comi
Enfrentei botas com esporas
Para sermos sem demora
Um casal de jabutis...

(Refrão)

Hoje estou todo contente
Ela, toda previdente,
Enterrou o nosso amor.
Viva a reprodução!
Nossos filhos vêm do chão
Feito a mais bonita flor.

(Refrão)
 (da série Poesia Todo Dia - 22.9.2014)

___________________________

* Olá criançada! Fiz esta letra de música (dentro do gênero baião) depois de conhecer os filhotinhos de jabuti que que nasceram no sítio da menina Raquel, há uns seis anos, em São Carlos (SP).  É muito bonito ver os jabutizinhos saindo de ovos enterrados, tal como acontece com as tartarugas-marinhas!

Mas até hoje não sei quem é pai ou a mãe de quem (eram quatro jabutis: 
Chico, Calombenta, Beethoven e Gorda). Na dúvida, dediquei o baião a todos eles! 



domingo, 15 de janeiro de 2017

O CACHORRINHO PEIDÃO



O que este Ted tem de pequeno, tem de peidão. É cada pum fedorento que dá vontade de correr para lavar o nariz. Gases silenciosos soltos enquanto dorme: peidos rasteiros, é o que bem sabe fazer esse cãozinho disfarçadiço!

*   *   *

Se for verdade que o cão se parece com o dono, minha reputação está comprometida!

*   *   *

Ted me fez lembrar que bufa é sinônimo de peido, sendo o primeiro termo muito usado na Bahia. Desde criança acho esta palavra engraçada. Se não for onomatopeia, deveria sê-lo. Ô palavrinha que se parece com o que representa: buffff. Parece o fiofó assoviando. Daí a entender o porquê de camisa bufante ter este nome é um traque: parece quem tem gases infláveis dentro das mangas.
Adoro etimologia. Ela torna as palavras cheias de graça. Ou de gases, neste caso.


Paulo Robson de Souza 
12 e 13.4.2014 (da série Poesia Todo Dia!)


Ted "caçando" guruçá na praia de Barra do Sargi, Ilhéus, em 2013

sexta-feira, 24 de julho de 2015

CANTIGA PARA MANOEL




Passarinho voou voou voou

Foi para o ninho da palma

Da mão do nosso senhor.

Passarinho Manoel well well

Voou pro céu

Levando lápis e papel.

Paulo Robson de Souza
13.11.2014
(da série Poesia Todo Dia)

CANTIGA PARA MANOEL




Passarinho voou voou voou

Foi para o ninho da palma

Da mão do nosso senhor.

Passarinho Manoel well well

Voou pro céu

Levando lápis e papel.

Paulo Robson de Souza
13.11.2014
(da série Poesia Todo Dia)

MIMO DO CÉU



Para Daniela Zappi




Mimo-do-céu é do céu
Bandeja exalando anil
Mimo de seda-papel
Todo mês, primaveril.


quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O PANO DE FUNDO

O pano de fundo – quarta capa da revista
Ciência Hoje das Crianças nº 226, agosto de 2011. 
Ilustrações de Mariana Massarani



Clique na imagem abaixo e leia a íntegra deste cordel. 


Outros links relacionados: 





terça-feira, 29 de maio de 2012

REFLEXO INFINITO


No fundo da noite a lua 
enfeita o espelho da fonte. 
No espelho d'água dois olhos. 
Dentro dos olhos o mar. 
Dentro do mar os peixinhos 
que, mirando aquele olhar, 
catam estrelas do fundo 
do mar dos olhos da fonte 
para a lua se enfeitar. 


(2002)