segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

MODA DOS 14


Ao músico e compositor  Zé Geral*



Já teve a moda dos nove
Com Tião Carreiro e Pardinho...
Agora canto os 14
De um modo bem redondinho
Se esta conta não der certo
Eu vou sair de fininho...
Mas, como diz o Zagallo
A conta vai dar certinho!

Nasci no dia 14
O mesmo dos meus filhinhos
No ano 2014
Foi embora meu “morzinho”
Poltrona sempre 14
No avião, no “bus”, bondinho
Firmei no dia 14
Contrato com um barzinho.

Foi num sábado 14
O início, no Farol Bar
Número 21-14
Da avenida Ceará
Cantei as 14 mais
Do universo popular.
Na caderneta da escola
Décimo quarto a chamar!

E o primeiro endereço
Onde funcionou o Sarau
Foi 14-7-7
Curioso numeral
Número da rua Treze
Na casa do Zé Geral
Esta figura que canta
Para não ir pro hospital.

Depois de 13 endereços
Hoje estou no décimo quarto
Um sarau quase ambulante
Pois logo que chego eu parto.
No ano 2014
Esta casa eu não descarto.
Foram tantas as mudanças
Que eu quase tive um enfarto.

Já que tinha um LP
Chamado “As 14 Mais”
Uma seleção completa
De sucessos musicais,
Das 14 grandes modas
Esta entra nos anais.
Tocando esta viola
Deixo as tristezas pra trás.


Paulo Robson de Souza

Da série Poesia Todo Dia
19 e 21/2/2014; 16/3/2014



_____________________

*(cordel fiel à história que ele me contou em... 2014!)



Zé Geral. Foto: Roberto Higa


#literatura de cordel
#moda de viola
#música brasileira

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

CECÍLIA

(clique na imagem para ouvir)




Letra: Paulo Robson de Souza
Melodia: Eduardo Ramirez

Intérprete: Luciana Amaral 





Cantarei para não enlouquecer e acender a vida.
Do dia, não mais que o bater deste meu coração
mostrando que estou muito viva
e vivo intensamente
o pouco tempo que me resta
do tempo que ganhei.

Ao cantar ponho os sapos pra correr de dentro da garganta
e nem preciso de frufrus: basta-me um tra-la-la-lá
pra vida ficar diferente,
bem cheia de alegria
na trilha sonora um belo dia
pretendo alcançar.

Eu canto
o canto maior de Cecília
poeta em constante vigília
colhendo os instantes do dia

Cecília
dizendo que o instante existe
que não era alegre nem triste
à luz da completa poesia.


#musicabrasileira #musicaautoral #ceciliameireles #poesiabrasileira


sexta-feira, 11 de outubro de 2019

INvertebral Poetry / Poesia Invertebral



Poesia INvertebral : nicho semiótico
Autores: Sidnei Olivio e Paulo Robson de Souza
Edição bilíngue: português, com tradução paralela em inglês
Tradução: Arnildo Pott
Apresentação: Gustavo Graciolli
Editora: Julien Design
Projeto editorial: André Morato
Ano: 2019

Para adquirir a versão colorida (190 páginas ilustradas com fotos autorais), clique aqui

Para adquirir a versão preto e branco (31435 KB) para aparelhos de leitura Kindle, clique aqui.




INvertebral Poetry: Semiotic Niche
Authors: Sidnei Olivio and Paulo Robson de Souza
Bilingual edition: Portuguese, with parallel English translation
Translation: Arnildo Pott
Presentation: Gustavo Graciolli
Publisher: Julien Design
Editorial project: André Morato
Year: 2019


To purchase a color version (190 pages illustrated with started photos), click here.


To purchase a black and white (31435 KB) version for Kindle reader devices, click here.

Poesia INVertebral / INvertebral Poetry





Autores: Sidnei Olivio e Paulo Robson de Souza
Em português, com tradução paralela em inglês
Tradução: Arnildo Pott
Apresentação: Gustavo Graciolli
Editora: Julien Design
Projeto editorial: André Morato
Ano: 2019

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INvertebral Poetry: Semiotic Niche
Authors: Sidnei Olivio and Paulo Robson de Souza
Bilingual edition: Portuguese, with parallel English translation
Translation: Arnildo Pott
Presentation: Gustavo Graciolli
Publisher: Julien Design
Editorial project: André Morato
Year: 2019


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sábado, 3 de agosto de 2019

QUEM NÃO SENTE A DOR ALHEIA...



                                                                                                                   Para L.L.



Faça de conta que a sua
esposa se indignou,
na rua, com uma injustiça...
E o algoz interpelou.
Por defender a razão,
lhe levaram em camburão
feito um cão que se enraivou...

Ou suponha que sua filha,
ao cumprir o seu dever,
foi algemada por quem
devia lhe proteger.
Sem oferecer perigo,
lhe impõe vexante castigo,
puro abuso de poder.

Imagine um neto seu,
vendo tal afrontamento:
resolveu filmar a cena
do soldado truculento...
Teve o fone confiscado!
Foi também preso e algemado,
ferindo o regulamento.

Foto: autoria não identificada. Fonte: www.midiamax.com.br

Veja um pai desrespeitado
pela polícia que acha
que seu patrão é o governo...
Que não sabe que a “borracha”
é paga com seu salário!
Seu suor!   um tributário
do rio de impostos e taxas!

Imagine também essa
absurda situação:
sua honesta e honrada mãe
que luta pelo seu pão! ,
por ser mulher, pobre e preta,
ao discordar de uma treta,
vai direto pra prisão...


Faça de conta, também,
que você tem o poder
por ser O governador
de fazer e desfazer;
de punir qualquer desvio
profissional, doentio
mas não o faz, não quer ver...

Dessas considerações
de nos ver no semelhante,
cabe, sim, admitirmos
de modo pleno e incessante,
o que É e NÃO SER ético...
Dizer de modo sintético ,
que somos... Simples instante!

Os direitos são pra todos!
Mas todos somos sujeitos
à maldade, à truculência...
Quando o insensível sujeito
não sente a dor na sua pele,
o egoísmo o impele
a aceitar o malfeito.

Cabe uma constatação
(não é fato descabido!):
são direitos DOS humanos!
Não são de clãs ou partidos!
Nunca é demais dizer: “Ó,
no fundo somos uma só
espécie: ‘Homem sabido’ ”.

Quem silencia, concorda!
Dá vida e voz ao tirano.
Quem não vê O TODO em tudo,
vive em si, no ledo engano...
Quem não sente a dor alheia
e com o vil não se aperreia,
não sabe o que é ser humano!

Paulo Robson de Souza

__________________

Adendo (8.8.2019)

Cordel musicado pelo Mestre Galvão
Intérprete: Bia Blanc

Clique na imagem para ouvir














#nãoàviolência
#truculenciapolicial
#policiamilitar
#abusodeautoridade

sábado, 22 de junho de 2019

RIO DA PRATA




Letra: Paulo Robson de Souza




Calcários lhe dão gosto e limpidez 
calhaus, em si, não vão rolar
(vão crescendo!)...  
Tiribas  voam sobre o leito azul
- cafofo borbulhento do jaú...
Os peixes deixam um rastro de pitanga, a cor
que fisga os olhos do mergulhador...

Flores carmesins,
tufas, lagostins
ornam o seu calmo escoar...
Joia de Jardim,
águas correm em mim ...
Rio da Prata: o ouro do lugar



Não cabe à justiça interpretar 
seu jeito próprio de nascer
(bem difuso!)
A prata que reluz ao bacharel 
no subsolo cumpre outro papel... 
Não pode a ganância exterminar
o rio  que é vida e guarda o luar. 

Lama no jardim...
Drenos no capim...
O veneno oculto a se espalhar... 
(ai, ai, ai)
Ao fim do festim 
dó terei de mim
quando mais um rio se acabar...

Quando mais um rio se acabar...



(Clique na imagem para ouvir)


#riodaprata #serradabodoquena #Jardim #carste #karst