Quanto
tempo de ciência será
preciso
para
sabermos da cor e do tom a que nos referimos?
Cálculos
probabilísticos indicam:
há
abraços azuis
quando se
olha para o céu
no abraço
– num
longo abraço.
Beijos
azuis existem sim. Na física, na fisiologia e na poesia.
Menos
frequentes porém; pois o que se vê
com um
beijo
é o
vermelho
da retina
comprimida
pela
emoção.
Vermelho-sangue. Vermelho-lábio. Vermelho que só o desejo
sintetiza.
Fisicamente
falando,
ao se
considerar que o fogo vermelho
tende ao
azul quando se aumenta a temperatura,
é
provável que um beijo de fogo
possibilite
a sensação do azul.
Cor fria
na aparência,
mas que
na medida certa faz-nos ver estrelas.
Então
está combinado: beijo azul só se for profundo.
Azul profundo
cravejado de estrelas – o mesmo vale para abraços.
Já
borboletas azuis
são como
fadas: nascem de crisálidas encantadas
pela cor
do
frescor da manhã
e pelas
possibilidades do que virão a ser.
Temo pela
borboleta azul
incrustada
na pele,
em ponto
íntimo de mulher dengosa, quiçá imperscrutável (o ponto ou a
[mulher?).
Mas quem
a capturou me promete:
“quando
me conhecer... eu te mostro”.
Assim
continuarei meus estudos sobre beijos e borboletas azuis.
Mais
precisamente:
sobre um beijo
profundo em uma borboleta azul-cutâneo.
(Paulo Robson de Souza, 2007)
lindo, tô suspirando aqui...
ResponderExcluiroi primo achei muito legal e interessante.
ResponderExcluirGrato, primão recitador! Abração.
ExcluirSenti um arrepio azul... 💙💙💙
ResponderExcluirUau!
ResponderExcluirSó agora vi seu comentário, Yara. Grato!!!! Abração.
ResponderExcluir