domingo, 31 de janeiro de 2021

ANTES QUE EU ESQUEÇA: PIABANHA

 


Piabanha é um peixe da família do lambari, só que pouco maior, pelo que me lembro da minha infância. Também é nome de um pequeno rio, tributário da margem direita do Pardo; provavelmente, o nome original seria Rio das Piabanhas, mas o desgaste do uso deve ter feito desaparecer o tão explicativo artigo. Desse riozinho se originou o nome da fazenda do meu avô materno Saturnino, localizada entre Itambé e Itapetinga, sudoeste da Bahia.

Vivi na Piabanha de agosto de 1961 a 66 ou 67, ou seja, quase toda a primeira infância, já que minha mãe fora a Vitória da Conquista praticamente para o meu nascimento, e não sei por quanto tempo morei na casa da minha avó materna em Itapetinga, talvez apenas um ano para frequentar o então denominado Jardim da Infância (agora me vem à lembrança a merendeira de plástico e, dentro dela, a garrafinha de “quissuco” vermelho, doce de doer, e a variedade de biscoitos de polvilho feitos pela vó Dila).

Se minha memória recente é mais fluida que óleo de freio, imagina recordar fatos passados há mais de 50 anos! Contudo, algumas lembranças desse lugar permanecem tão sólidas e incontestes dentro de mim – pode até ser que não sejam lá, assim, tão fiéis aos fatos; meras interpretações – que as transformei em cantigas e poemas pelos quais tenho o maior carinho.


PRS, 19.1.2018

(Da série Poesia Todo Dia!)


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