Quando vi as maravilhas
do Pantanal – a maior
das planícies alagáveis –
ainda na borda Leste,
longe da ilha Guató,
não pensei que ainda pudesse
ver maravilha maior.
Embora em vários lugares
do Pantanal haja alternância
de cheia e seca no ano,
nesse lugar a constância
é água por todo lado
nos lagos em abundância.
É como se uma barreira
cinza, de impuro cristal
margeando a tal planície,
represasse o Pantanal.
Lá as águas são eternas,
espelho celestial.
Longa Serra de Amolar.
Lugar onde a água para,
uns mistérios adormecem...
Onde o tempo também para
e a memória vira pedra
e o meu coração dispara.
Se o Pantanal foi chamado
em tempos muito distantes,
“Mar dos índios Xarayés”
pelos lusos navegantes,
provavelmente o Amolar
foi fato preponderante.
(...)
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