Urutu, cobra bendita
pela cruz que tem na testa.
De dia dorme, medita...
e de noite faz a festa.
Tendo um cruzeiro na testa,
ela é linda como a luz
desde que se fuja desta
como o diabo da cruz.
Urutu, cobra marcada,
é bonita de se ver
ou maldita, essa malhada,
se te bota pra correr!?
“Cabra” marcada, se
vê
detenta do nosso erro.
Traz a cruz do próprio enterro.
É marcada pra morrer.
Urutu, injustiçada
serpente, tão maculada...
linda de viver – é vida!
Linda de morrer. Decida.
Paulo Robson de Souza
(O Livro das Cores e Formas, 2001, inédito)
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Adendo 01/4/2019:
O parceiro Raimundo Galvão musicou este poema. Clique na imagem para ouvir.
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