Em vez de baú, relativo à guarda de objetos caros e finos, caçuá, que me traz lembranças da infância e da poesia popular cantada nas feiras de Santana e de Conquista, na Bahia. O caçuá é ambulante, roceiro, de conteúdo discernível pelas frestas do seu trançado – seus cipós formam paredes quase diáfanas, revelando objetos que contam histórias, incitam sensações, reavivam memórias... Baú é aristocracia sobre cavalo branco. Prefiro os caminhos desbravados pelo jegue.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
NOS JARDINS SUBMERSOS DA BODOQUENA
Não são suspensos, nem tão famosos
mas nem por isso, menos formosos.
São babilônicas maravilhas:
potamoguêtons... mini lentilhas...
A clorofila e o azul calcário
moldando a Vida - vivos cenários!
Não é história: na Bodoquena
os rios se escondem de forma plena
depois ressurgem Azuis, piscosos,
e os Perdidos viram Formosos.
O paraíso? Lugar bendito?
Ou simplesmente... lugar...
BONITO.
* * *
Rochas que crescem como ser vivo
lá onde o nome é adjetivo.
A força d’água que se enfraquece
perante a frágil folha que cresce.
As maravilhas, na Bodoquena:
tão grandiosas e tão... pequenas!
Dentro da fonte de água pura
uma floresta em miniatura!
São tantas plantas, de tantas cores,
tantas texturas... tantos odores...
Sentir é fácil. Difícil é ver
os nós... na teia do bem viver.
Indescritíveis, livres aquários
não cabem dentro dos dicionários.
(1999)
(Slide-show disponível no Portal Planeta EAD:
http://www.planetaead.com.br/penaagua/apoio_didatico/index.html)
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Poemas que descrevem a vegetação submersa com perfeição, biologicamente falando. E que acrescentam leveza, beleza. Gosto muito deles!
ResponderExcluirOlá Maria Eugênia, sua atenciosidade me deixa sem palavras...
ExcluirGratíssimo mais uma vez.
Beijão.
Paulinho, lindo demais! Sabe que ainda não fui para a Bodoquena, com esses poemas me deu mais vontade ainda....
ExcluirOlá Maria Ana! Que bom! Grato pelo acolhimento. Viva a Bodoquena!
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