sábado, 24 de dezembro de 2011

CEL



Ultimamente
tenho olhado para o céu
tentando ouvir estrelas
à procura de poesia.

Mas não me bastam os sons que ouço
o cintilar que vejo
o odor de estrelas que nascem
nem o vento que toca
a pele nua dos meus frágeis ombros.

Quero o calor que se esconde
em algum canto
de todas as noites estreladas e frias
de maio.


(maio de 2000, sobre poema de Castro Alves)

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