Em vez de baú, relativo à guarda de objetos caros e finos, caçuá, que me traz lembranças da infância e da poesia popular cantada nas feiras de Santana e de Conquista, na Bahia. O caçuá é ambulante, roceiro, de conteúdo discernível pelas frestas do seu trançado – seus cipós formam paredes quase diáfanas, revelando objetos que contam histórias, incitam sensações, reavivam memórias... Baú é aristocracia sobre cavalo branco. Prefiro os caminhos desbravados pelo jegue.
sábado, 24 de dezembro de 2011
CEL
Ultimamente
tenho olhado para o céu
tentando ouvir estrelas
à procura de poesia.
Mas não me bastam os sons que ouço
o cintilar que vejo
o odor de estrelas que nascem
nem o vento que toca
a pele nua dos meus frágeis ombros.
Quero o calor que se esconde
em algum canto
de todas as noites estreladas e frias
de maio.
(maio de 2000, sobre poema de Castro Alves)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário