As janelas da alma estão quase
emperradas. Janela de madeira é fácil consertar: você põe óleo, aperta
parafusos, lixa, passa cera. Mas vistas cansadas, meu deus, como faze-las
dormir se o cérebro não para de dar voltas, e os prazos e pressões de todo tipo
dão tiros para o alto a todo momento?
Em vez de baú, relativo à guarda de objetos caros e finos, caçuá, que me traz lembranças da infância e da poesia popular cantada nas feiras de Santana e de Conquista, na Bahia. O caçuá é ambulante, roceiro, de conteúdo discernível pelas frestas do seu trançado – seus cipós formam paredes quase diáfanas, revelando objetos que contam histórias, incitam sensações, reavivam memórias... Baú é aristocracia sobre cavalo branco. Prefiro os caminhos desbravados pelo jegue.
Nenhum comentário:
Postar um comentário