sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

VIVER É DESENHAR...



Viver é desenhar sem borracha. Frase atribuída ao grande Millôr Fernandes, estampada numa caneca vermelha de acrílico sobre a mesa, festa da Lu, lembrança de aniversário de 45 anos da amiga Iná Lúcia, recentemente conhecida.

Um sábio, este Millôr. Escrachadamente sábio. Nem pensar, consertar o passado. Não cabe nem na lógica popular, quanto mais nas ciências exatas. Aliás, nem nas biológicas: depois da caca feita, como diria a garotada, já elvis! É infinitamente mais caro consertar do que prevenir, diria em outras palavras algum sábio ecólogo.

E o futuro, é possível traçá-lo, usar borracha para aprumar a linha do tempo que ainda virá? Não sei. Nessa minha vida esculhambada, de rumos traçados (e destraçados) pela intuição mais que pela razão, de abrir velas e ir para onde o vento soprar, estarei sempre na expectativa, sem saber em que praia aportarei amanhã. Mas aos incautos, aviso: há que ter sensibilidade para sentir o vento bom, abrir as velas no tempo certo, aprumar o corpo. Planejar é bom, é saudável, mas sermos escravos de objetivos e metas é de afundar navios!

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