Acordei
com a boca seca de asco, olhos inchados de pesadelos e uma ausência de
temeridades em todos os poros. Hoje não estou nem para mim.
* * *
Há um bentevi
no meu quintal
que todo dia me chama.
Parece que clama
por uma tigela d’água.
Qual de nós terá maior sede?
* * *
Afinal não entendo
Qual a do passarinho
Que alimento,
Dou todo dia um pote de água
fresquinha
Mas que não me nutre
Com um ninho.
* * *
Borboletas transgridem o vento.
* * *
Borboletas tingem as flores de escamas
coloridas.
* * *
Cerquei-me
de mentiras, mergulhei nas intrigas em revista neste meu modorrento sofá.
Notícias escorrem por entre meus dedos, tão pesadas estão. Sim, hoje é domingo.
Quisera ter um pé-de-cachimbo.
Paulo Robson de Souza
27/02/2005
Da série Poesia Todo Dia!
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