Desde ontem não para de chover
nesta cidade de Pelotas, úmida por definição. Chuva fina, dengosa, ornada de
pássaros cantantes... Enfim, daquelas que brotam do bocejo de Morfeu.
Um paradoxo, em meio a tanta
nebulosidade e umidade relativa saindo pelo ladrão da coluna de ar que
pressiona meu corpo, eu aqui mais seco que charque em embornal de
cangaceiro. Meus olhos parecem seixos,
minha cara é uma preá moqueada, boca tomada de farinha... Aiaiaia, esta tese
que teima em me desidratar até a alma, me afogando em caatinguices...
PRS
Pelotas, 26.2.14
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