Música: Calos Piazer
Letra: Paulo Robson de Souza
(clique na foto para ouvir via Face)
Sementes são como portas grossas que se entregam à luz
Que, no retiro da horta, novas histórias conduz.
Embaixo da casca morta, um gás se antevê doçura
Pelas químicas estradas luz captura.
A vida é feita de fracassos e de tentativas
Em volta do milagre de nascer intempestiva.
É a certeza revelando a incerteza do momento
Tênue fio de luz rasgando infindável escuridão.
A vida tem um jeito próprio e descarado
De se fazer de morta – um fato destacado.
Quando se tem esperança, brasa é fogo adormecido
Aguardando um sopro amigo pra rasgar a escuridão.
Não é possível irromper um grito não tendo voz.
No silêncio gris do vácuo é preciso ser tenaz
Jogar fora a casca morta, ser solidão da horta
E na terra se sujar para germinar.
Sementes são como portas grossas que se entregam à luz
Que, no retiro da horta, novas histórias conduz.
Embaixo da casca morta, um gás se antevê doçura
Pelas químicas estradas luz captura.
Em vez de baú, relativo à guarda de objetos caros e finos, caçuá, que me traz lembranças da infância e da poesia popular cantada nas feiras de Santana e de Conquista, na Bahia. O caçuá é ambulante, roceiro, de conteúdo discernível pelas frestas do seu trançado – seus cipós formam paredes quase diáfanas, revelando objetos que contam histórias, incitam sensações, reavivam memórias... Baú é aristocracia sobre cavalo branco. Prefiro os caminhos desbravados pelo jegue.
Letra maravilhosa!
ResponderExcluirGrato Juliana! Em breve gravaremos a música com melhor qualidade. Abraço.
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