sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

COLAGENS PARA TOM ZÉ (o plágio do plágio do plágio)*


Num arrastão disgramado
Tom Zé entorna o caldo
do rescaldo da sonoridade
junto à companheirada presente e passada
a limpo.


"Quem é que tá botando dinamite
em diversas cores?

É preso, todo cercado.
Fabrica armas mortais.
Arranje, senhor, um porto.


Veja que beleza:
Eu vi o cego lendo a corda da viola.

Desembaraçam-se linhas.
Andar com meu pé eu vou.
Um dois serei
de vinho e pão
na entranha.

Emeremê emeremê
Sê em meu corpo
profunda lama.

Não: não é isto que eu sinto, eu minto.
A gente já mente no gene.
Fúria de pura alfazema.

Um mero número zero um Zé à esquerda."

    * * *


Estética do plágio
plena de defeitos
(esta poesia).



* trechos entre aspas: colagens de versos de todas as composições do cd “Com defeito de fabricação” - Letras de Tom Zé e parceiros.

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