Em vez de baú, relativo à guarda de objetos caros e finos, caçuá, que me traz lembranças da infância e da poesia popular cantada nas feiras de Santana e de Conquista, na Bahia. O caçuá é ambulante, roceiro, de conteúdo discernível pelas frestas do seu trançado – seus cipós formam paredes quase diáfanas, revelando objetos que contam histórias, incitam sensações, reavivam memórias... Baú é aristocracia sobre cavalo branco. Prefiro os caminhos desbravados pelo jegue.
sábado, 9 de junho de 2012
LIÓ (letra de música)
Quando encontrei meu desterro
No auge da vida
Não consegui fazer nada
Na hora da lida.
Estou sozinha em meu tempo
A mente esquecida
Os meus sentidos são pura
Tristeza incontida.
Vejo um abismo imenso
Diante da curva.
Meu horizonte é de nuvens
Meu tempo passou.
Na minha estrada os meus passos
A névoa enturva
E o próprio tempo apaga
A luz que ficou.
Esta doença da alma
É só esquecimento.
Um sentimento me acalma:
― Não ter sofrimento.
Não cura, o tempo, o meu caso...
Meu tempo é agora.
Conto os minutos que faltam
Pra vir minha hora.
(maio de 2005)
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