Piabanha
é um peixe da família do lambari, só que pouco maior, pelo que me lembro da
minha infância. Também é nome de um pequeno rio, tributário da margem direita
do Pardo; provavelmente, o nome original seria Rio das Piabanhas, mas o
desgaste do uso deve ter feito desaparecer o tão explicativo artigo. Desse
riozinho se originou o nome da fazenda do meu avô materno Saturnino, localizada
entre Itambé e Itapetinga, sudoeste da Bahia.
Vivi
na Piabanha de agosto de 1961 a 66 ou 67, ou seja, quase toda a primeira
infância, já que minha mãe fora a Vitória da Conquista praticamente para o meu
nascimento, e não sei por quanto tempo morei na casa da minha avó materna em
Itapetinga, talvez apenas um ano para frequentar o então denominado Jardim da
Infância (agora me vem à lembrança a merendeira de plástico e, dentro dela, a
garrafinha de “quissuco” vermelho, doce de doer, e a variedade de biscoitos de polvilho
feitos pela vó Dila).
Se
minha memória recente é mais fluida que óleo de freio, imagina recordar fatos
passados há mais de 50 anos! Contudo, algumas lembranças desse lugar permanecem
tão sólidas e incontestes dentro de mim – pode até ser que não sejam lá, assim,
tão fiéis aos fatos; meras interpretações – que as transformei em cantigas e
poemas pelos quais tenho o maior carinho.
PRS, 19.1.2018
(Da série Poesia Todo Dia!)
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